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menino, criança, fantasiado de super-herói, apontando o braço para o alto

Crescimento infantil

O crescimento é um processo que varia em velocidade ao longo das diferentes fases do desenvolvimento infantil. O potencial de crescimento com o qual uma criança nasce pode ser alcançado ou não, dependendo de dois fatores principais: genética e saúde, especialmente alimentação.

Problemas de saúde, como doenças crônicas que afetam rins, coração, pulmões, e deficiências hormonais, podem influenciar diretamente o crescimento da criança. Hormônios vitais para o processo de crescimento, como o Hormônio do Crescimento (GH) e o Hormônio da Tireoide, desempenham papéis fundamentais.

Em qualquer um desses casos, com um tratamento adequado e precoce, é possível reiniciar o processo de crescimento, permitindo que a criança se aproxime da estatura máxima geneticamente programada para ela.

Nesse contexto, abordo algumas questões que frequentemente são dúvidas de pais e amigos de crianças que enfrentam distúrbios de crescimento.

Praticar esporte ajuda a crescer?

A criança nasce com o potencial genético no que se refere à altura final que ela alcançará. A criança pode até ficar menor que este potencial genético quando for portadora de doença crônica, deficiente em Hormônio do Crescimento, portadora de hipotireoidismo ou se for desnutrida, por exemplo. O esporte traz vários benefícios à saúde, melhora a postura e favorece um bom alongamento, porém é MITO que a criança ficará mais alta do que o esperado porque pratica esporte.

Quanto cresce a menina após a primeira menstruação?

No Brasil a idade mediana para a ocorrência da primeira menstruação é de 12,6 anos. Quando a menina apresenta a sua primeira menstruação, ela já alcançou 95,5% da estatura final.

Geralmente crescem ainda por mais 3 a 5 anos, em média mais 6 a 7 cm.

As meninas que menstruam antes da idade de 12,6 anos provavelmente crescerão mais do que esta média e por mais tempo, do que as que menstruam mais tarde, até atingirem sua estatura final

É importante dormir para crescer?

Sim. É verdade! A criança precisa de 8 a 10 horas de sono. Mas atenção!!! Trata-se de sono noturno, pois é à noite que há a produção do Hormônio do Crescimento.

Portanto é verdade aquilo que as vovós diziam que é preciso dormir cedo para crescer

Até que idade a criança cresce?

A pessoa cresce, em geral, até fechar a cartilagem do osso. O início do fechamento desta cartilagem do crescimento é com idade óssea de 14 anos (verificado através do RX das mãos e punhos) e o fechamento completo acontece por volta dos 18 anos, mas pode haver variação em função do começo precoce ou tardio da puberdade. Depois que as cartilagens dos ossos longos se fecham, não há mais chances de crescer. Portanto o tratamento com Hormônio do Crescimento, quando indicado, é até a idade óssea de 14 anos na menina e 16 anos no menino.

Quanto cresce uma criança normal?

A média de crescimento de uma criança acima de 3 anos é de mais de 4 cm por ano. Na puberdade, porém, esse valor sobre para 12 cm ou 13 cm a cada ano. Quando o crescimento for menor que 4 cm na infância ou menor que 6 cm na fase da puberdade, o ideal é que um especialista em endocrinologia pediátrica seja consultado.

Quando é prescrito o tratamento de Hormônio de Crescimento?

O tratamento com Hormônio de crescimento é prescrito pelo médico Endocrinologista Pediátrico nas seguintes situações:

  1. BAIXA ESTAURA (ALTURA NO PERCENTIL MENOR OU IGUAL 2,5 NO GRÁFICO DE CRESCIMENTO) APRESENTANDO DOIS TESTES PROVOCATIVOS DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO CONFIRMANDO DEFICIÊNCIA DESTE HORMÔNIO.
  2. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
  3. PEQUENO PARA IDADE GESTACIONAL (PIG)
  4. SINDROME DE TURNER
  5. SINDROME DE PRADER WILLI
Existe efeito colateral com o uso do Hormônio de Crescimento?

Efeitos colaterais em curto prazo são raros. Porém podem ocorrer e devem ser avisados imediatamente ao médico endocrinologista pediátrico que iniciou o tratamento.

São eles:

  • Queixas de cefaléia e náuseas (que podem indicar hipertensão intracraniana).
  • Em casos de doses elevadas de hormônio do crescimento pode haver aumento dos riscos de neoplasias durante terapias prolongadas.
  • Resistência à insulina, o que pode desencadear diabetes mellitus tipo 2 em pacientes predispostos.
  • Ginecomastia
  • Aparecimento ou desenvolvimento de nevos.

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